Me peguei pensando em nós. Percebo que algo parece estranho, complicado, mas nada tão grave a ponto de nomeá-lo errado.
Noto em ti algo novo, ou talvez algo antigo, mas antes era imperceptível aos meus olhos. Tenho comigo que nada mudou. Mas sei, sei bem que tem algo recém nascido. Desconhecido. Ou conhecido mas nunca antes percebido. Ou este algo novo nem exista realmente.
Talvez equívoco. Talvez...
Difícil dizer o que se transforma. Relação complicada. Mas me peguei pensando em nós; e tenho comigo que talvez nada esteja errado. Ou estou encarando o errado como certo e vice-versa. Não duvido. Quase nunca sou a certa. Quase sempre penso algo que não é. Sempre, ou quase sempre.
Talvez estranho. Talvez...
Comecei a imaginar um milhão de coisas. Arrisco dizer que todos os pensamentos possíveis encontravam-se em minha cabeça juntos, a me perturbar em uníssono. Tudo que se tinha direito foi imaginado. Não nego, posso ter exagerado; mas não minto ao dizer que de tudo imaginei. Entre coisas boas e ruins, entre vitórias e derrotas, entre conquistas e tragédias, entre sorrisos e lágrimas; me peguei pensando em nós.
Talvez exagero. Talvez...
Me questionei que diabos estou fazendo, e porque tudo está assim. Logo em seguida interroguei-me novamente com uma enxurrada de incógnitas do tipo: assim como? será que realmente há algo errado? por que me questiono tanto? não seria mais fácil deixar? E algo dentro de mim me dizia: Deixa, Deixa estar.
Talvez engano. Talvez...
Talvez esteja mesmo errada;
Talvez esteja certa e prefira estar errada;
Talvez cada um certo a sua maneira;
Talvez todos certos e nenhum errado;
Talvez todos errados e nenhum certo;
Talvez nem seja questão de certo e errado;
Talvez equívoco...
Parei.
Pensei novamente...
Parei....
...E a única coisa que brotou de minha memória foram suas palavras:
- Você pensa demais!
