SOU EU

...nunca foi o bastante. 
Não me convenço de que sou boa o bastante para você. O bom de verdade um dia fora seu. hoje não é mais. Eu? Bom, não sou ruim. mas receio não ser ótima. 
Meu jeito talvez te incomode. Minhas curvas não tão acentuadas venham a lhe fazer falta. Meu jeito ciumento de ser talvez lhe deixe irritado. Minhas manias, minhas vontades, eu. 


...nunca é o bastante. 
Creio que possa estar errada. Espero sinceramente que assim seja, pois meu erro significará que realmente sou aceita assim. como sou. sou eu. 
Não que seja reclamação. Nem motivos tenho para isso. 
Este é só mais um desabafo de um coração aflito, uma mente confusa e uma saudade de tamanho indefinido. 


...nunca será o bastante. 
Espero sinceramente estar errada. Espero que o passado a ti não reapareça como fênix; trazendo à tona sentimentos que hoje são cinzas. espero ser mais que o suficiente à você. Espero sinceramente estar errada. 
Quero ser melhor que tudo que foi bom para você um dia. Quero que não espere que o melhor está por vir, a não ser que seja ao meu lado. 


Não diga que não preciso pensar assim. Não me diga que é bobeira. É medo que vem e vai. É falta de segurança, covardia; coloque o nome que achar por bem. Mas eu classifico como medo. De perder, de não ser tudo que mereces, tudo que necessitas, tudo que queres. 

Espero ser o bastante. Espero ser tudo para você. Toda eu ser o melhor para você. Assim como eu sou, sem  tirar nem por. Apenas eu. Sou eu!

AÍ TEM

Devo admitir com pesar que somos exatamente assim. 
Tendo ou não um motivo válido, acabamos por criar estórias, imaginar cenas, pensar em falas que sequer passaram pela cabeça dos homens. 
Para nós, nada é por acaso. Se algo acontece, isso tem um motivo. 


acha que não? então tá!
leia abaixo e tire suas próprias conclusões:

Aí tem
"As coisas são como são. Se alguém diz que está calmo, é porque está calmo. Se alguém diz que te ama, é porque te ama. Se alguém diz que não vai poder sair a noite porque precisa estudar, está explicado. Mas a gente não escuta só as palavras: a gente ouve também os sinais. 

Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava frio como um iglu. Você falava, falava, e ele quieto, monossilábico. Até que você o coloca contra a parde: "O que está havendo?". "Nada, to na minha, só isso". Só isso???Aí tem.

Ele telefonou na hora que disse que ia ligar, mas estava exaltado demais. Não parava de tagarelar. Um entusiasmo fora do comum. Você pergunta a queima-roupa: "Que alegria é essa?". "Ué, to feliz. só isso" Só isso??? Aí tem.

Os tais sinais.  Ansiedade fora de hora, mudez estranha, olhar perdido, mudança no jeito de se vestir, olheiras e bocejos de quem dormiu pouco a noite: aí tem. Somos doutoras em traduzir gestos, silêncios e atitudes incomuns. Se ele está calado demais, é porque está pensando na melhor maneira de nos dar uma má notícia. Se está esfuziante demais, é porque andou rolando novidades que você não está sabendo. Se ele está carinhoso demais, é porque não quer que você perceba que está com a cabeça em outra. Se manda flores, é porque está querendo que a gente facilite alguma coisa pra ele. Se viajar com os amigos, é porque não nos ama mais. Se parou de fumar, é uma promessa que ele não contou pra você. Enfim, o cara não pode respirar diferente que aí tem.

As vezes não tem.O cara pode estar calado porque leu um troço que mexeu com ele, ou está falando muito porque o time dele venceu. Pode estar mais carinhoso porque conversou sobre isso na terapia e pode estar mais produzido porque teve um aumento de salário. Por que tudo que eles fazem tem que ser um recado pra gente?


É uma generalização, mas as mulheres costumam ser mais inseguras que os homens no quesito relacionamento. Qualquer mudança de rota nos deixa em estado de alerta, qualquer outra mulher que cruze o caminho dele pode ser uma concorrente, qualquer rispidez não justificada pode ser um cartão amarelo. O que ele diz importa menos do que sua conduta. Pobres homens. Se não estão babando por nós, se tiram o dia para meditar ou para assistir um jogo de vôlei na tevê sem avisar com duas semanas de antecedência, danou-se: aí tem"
(Martha Medeiros)