sexta-feira, 11 de maio de 2012

RECIPROCIDADE



"Eu peço somente o que eu puder dar "
(Titãs)

E quando paro pra pensar em reciprocidade, percebo o quão egoísta é o ser humano. 
Simples assim. 
Somos generosos, bondosos, fazemos de tudo por alguém; pai, mãe, filho, marido, namorado, amigo, cachorro, papagaio, periquito...
Sempre fazemos algo para agradar tal pessoa, satisfazendo seus gostos, suas vontades, mostrando que nos importamos e nos lembramos dela; e automaticamente um dispositivo é ativado no nosso subconsciente que espera, sim, algo em troca. Não existe isso de não esperar nada em troca quando fazemos algo para alguém, pois as vezes esperamos por um simples sorriso, um obrigado, um beijo de gratidão, um abraço de reconhecimento. O ser humano espera sim esse reconhecimento, como um cachorrinho que espera o osso por ter agradado o dono dando a patinha. 
Bom, até aí, nada de errado. Não há problema algum em sentir falta do reconhecimento, ou de uma demonstração de consideração, carinho, amor ou afeto da pessoa em questão. 
O problema todo está em querer que a reciprocidade aconteça, claro, do nosso jeito. Por ter esse desejo e alimentar a esperança de que será do jeitinho que pintamos o quadro mental, acabamos por não perceber que a reciprocidade existe sim, e o algo em troca aconteceu. Pode não ser como esperávamos, mas acontece.  
Cada ser humano é único, e como tal, tem sua forma peculiar de agradar e satisfazer alguém. Mas muitas vezes acabamos por manter o foco em como queríamos que algo acontecesse, ao invés de prestar atenção em cada detalhe que a outra pessoa faz para arrancar um sorriso do nosso rosto. 
Seja atento a como alguém corresponde àquilo que você faz por ele. Nem sempre o que ele  pode dar é exatamente igual ao que você fez por ele, mas isso não quer dizer que qualquer atitude reciproca não deva ser aceita. 
Dê tudo de si por quem vale a pena. Com certeza, este fará o mesmo por você...

...só que do jeitinho dele!







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